Ronda é a mulher responsável por
abrir as portas do MMA para o sexo feminino. Antes dela, algumas mulheres já
lutavam, mas elas não fizeram nada para abrir as portas do mundo das artes
marciais às mulheres. Por exemplo, nos anos 90, uma das mais conhecidas
lutadoras estava tomando bombas para ficar forte igual aos homens, o que a
afastava de sua natureza feminina, consequentemente as outras mulheres não se
sentiam representadas e não nutriam interesse pelo mundo das lutas. Com a Ronda
foi diferente. Além de lutar bem, era bonita e feminina, não ficava tentando
parecer um macho mal-acabado. Desse modo, as mulheres sentiram-se representadas
por ela.
Entretanto, para chegar aonde
chegou, ela percorreu muitos caminhos pedregosos. Logo na infância, seu pai
sofreu um acidente que o deixaria tetraplégico, mas ele não aguentou e se
suicidou antes. Isso influiu muito em toda a sua infância e adolescência.
Influenciada pela mãe, AnnMaria De Mars, primeira americana a ganhar uma
medalha de ouro no Campeonato Mundial de Judô, começou a treinar e a participar
de vários campeonatos mundiais de judô. Toda disputa era uma superação
diferente para ela, seja para manter o peso, seja para superar suas
adversárias. Após conquistar algumas medalhas, entrou em um hiato, trabalhando
em vários empregos, ora como garçonete, ora como auxiliar veterinária.
Em 2010, estreou como lutadora de
Artes Marciais Mistas. Para isso, porém, teve que superar diversos
preconceitos. Na academia em que treinava, era desprezada por seu treinador e
pelos outros lutadores por ser mulher. Foi sua persistência que fez com que Edmond
Tarverdyan, seu treinador, aceitasse treinar luvas com ela.
Depois de muitas vitórias em
campeonatos amadores, vencendo suas oponentes com seu famoso Arm lock, Ronda
chamou a atenção de Dana White, dono do UFC, que a contratou para o evento mais
famoso de Artes Marciais, assim como outras lutadoras, comprando também o
próprio evento Strickforce. Roudy Ronda Rowsey foi um sucesso absoluto e se
manteve no topo por vários anos.
O livro foi escrito pela Ronda e pela sua irmã,
a jornalista esportiva Maria Burns Ortizé, e é recomendadíssimo por seu teor
motivacional. Eu já gostava da Ronda antes e passei a gostar mais depois que
conheci sua história mais a fundo. Amei muitíssimo!